terça-feira, 11 de março de 2008

Uma sensibilidade total

Acho que não cheguei a comentar aqui no blog, mas é impressionante como eu só atraio pessoas que não me interessam e só sou atraído por gente que não me quer. Ou algo parecido.
No último domingo, observei um exemplo simples, dinâmico e perfeito disso.
Fui a um bar encontrar um amigo que estava com um amigo dele. Este amigo dele eu já conhecera alguns finais de semana antes e é gente boa, nos demos bem, mas nada de atração física. E nenhum instante isso passou pela minha cabeça! Só não digo que ele é feio porque não me acho capaz de fazer este julgamento, só digo que não me atrai e pronto. Mas é gente boa, como falei. Vamos chamá-lo de Onório.
Então no domingo estávamos os três no bar e a conversa estava super legal. Meu amigo esperava ainda a chegada de um outro cara que mora perto da casa dele e que ele acabou de conhecer, mas só tem intenção de amizade mesmo. Quando este chega, então, minha surpresa: Eu já o vi naquele bar umas duas vezes antes e me lembro até de termos trocado uns olhares. Eu de fato o acho um gatinho e certa vez tive a impressão de que isso era recíproco. Contei o babado pro meu amigo.
Mais tarde, nós três - meu amigo, o Onório e eu - nos juntamos à mesa do gatinho, mas ele e eu ficamos distantes um do outro. A disposição na mesa era: Gatinho - meu amigo - Onório - eu - quatro amigos do gatinho até chegar no gatinho novamente.
Então o gatinho ficou conversando só com o meu amigo que agora é amigo dele também e eu fiquei conversando com o Onório, que, de repente e sem contexto algum, solta:

- Quando te vi pela primeira vez aquele dia te achei muito lindo, Renato. Muito mesmo, alto e tal... Agora te conhecendo eu vejo que não daríamos certo, por questão de personalidades... Se fosse rolar, seria só uma vez e pronto.

Oi? De onde saiu isso? É impressão minha ou ele tentou me dar um quase fora só pra jogar charme? Em prol da amizade que podemos um dia ter, me segurei pra não dizer que por mim não rolaria NEM UMA vez. Então fiquei calado.

Mais tarde, meu amigo tenta nos incluir na conversa que ele tinha com o gatinho falando:
- Ah, o Renato, aquele ali, disse que já te viu aqui no bar, você lembra dele?

Difícil foi acreditar que meu amigo realmente falou aquilo. É muita queimação! Mas ele me paga depois. Adivinhem qual foi a enfática resposta do garoto???
- Nunca vi na vida.

3 comentários:

Bluerose disse...

Sinceramente, Rê, eu vi maldade no que ele fez.
Esse tipo de pergunta é feita quando se quer ouvir exatamente a resposta que o gatinho deu.
E normalmente é feita por alguém que "tá a fim" da mesma pessoa que você com a intenção de humilhar mesmo, sem dó!
Apronte uma boa com ele, viu?!
Se precisar de ajuda, eu sou ótima em paybacks... ;D

Fê Guimarães disse...

Concordo com a Carol (MORRENDO DE SAUDADE DE VOCÊ, SUA CHATA! POSTA LÁ NO MEU BLOG!)

Esse Onório se mostrou o típico amigo da onça, depeitado e egomaníaco. Pau no cu dele!

Renato disse...

Não, xente, quem queimou meu filme não foi o Onório, mas sim meu outro amigo... E embora pareça filhadaputagem, realmente não era a intenção, ele sempre foi meio sem-noção mesmo, rs...