quinta-feira, 29 de maio de 2008

Noite da banca - 2ª parte

Durante o intervalo, nosso grupo se reuniu em outra sala pra conversar sobre a apresentação até que os professores nos chamaram de volta. Ficamos ali na linha do tiro quando a orientadora fodona começou a falar. Destacou pontos positivos e negativos de nossa apresentação e anunciou: A banca decidiu aprovar vocês.
Aprovados! Uhul!!!
Foi um alívio e tanto, mas o melhor ainda estava por vir. Após mais algumas considerações, ela disse em alto e bom tom:
- Parabéns, RENATO, pelo seu desempenho! Você TEM o perfil de Planejamento!

Agradeci e depois que saímos da sala, fiquei super emocionado. Só não chorei porque não sou de chorar, rs. É engraçado que isso aconteça justamente nesta época em que estou tão descrente com o curso e com a profissão - aliás, quando eu já havia desistido! É muito bom se sentir reconhecido, ainda mais quando isso é inesperado. Depois disso, fiquei confuso e até voltei a considerar trabalhar na área de comunicação, apesar dos poréns. Mas a única certeza que tenho agora é que hoje vou me inscrever em um concurso público. Estou bem assim. Aposto que a vida trará novidades, surpresas e oportunidades com o passar do tempo, não preciso me afobar.

Enfim, saí da faculdade com vontade de comemorar, nem que fosse sozinho mesmo. Liguei pra Luciana e ficamos de nos falar depois, mas tomei por conta própria o rumo de uma whiskeria gay no centro da cidade. Acho que foi a melhor noite do ano.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Noite da banca - 1ª parte

Ontem foi um dia fantástico, pareceu até season finale! Vou começar contando a vocês a história de uma PÉXssima idéia.
O Projeto Experimental é um trabalho que precisamos fazer em grupo na faculdade nos dois últimos períodos do curso. Ele é essencial para a nossa graduação, equivalente à monografia que tem nos outros cursos. Este semestre então foi um sufoco, porque o grupo precisou abrir uma fictícia agência de comunicação com toda a parte burocrática e administrativa, desenvolvendo análise ambiental, plano de marketing e ainda elaborar uma campanha publicitária de lançamento do nosso negócio - que, aliás, devia ter um diferencial competitivo sobre o qual também deveríamos discorrer bastante para provar que é uma boa oportunidade para investirmos.
Ao longo do trabalho, é claro, uns dormiram no ponto em alguns momentos, outros em outros, teve gente que encostou no resto do grupo e foi carregado nas costas e na reta final quase desistimos porque a súbita irresponsabilidade de uma pessoa fundamental do grupo quase afundou nosso trabalho, mas com muita insistência, buscando novas saídas em cima da hora, conseguimos finalizar um projeto digno de ser apresentado à banca de professores e ao resto da turma.
Ontem foi a apresentação. Levei um laptop emprestado para passarmos os slides em .PPS e o DVD do vídeo que fizemos. Mas em cima da hora, tivemos a surpresa de que o laptop não queria funcionar de jeito nenhum. Ora não se conectava com o retroprojetor e ora não abria os arquivos. Pegamos outro emprestado que também demorou um bom tempo pra funcionar e atrasamos muito a apresentação. A professora orientadora pedia feedback e não sabíamos explicar o que estava acontecendo, foi horrível.
Quando finalmente deu certo, começamos a apresentação, mas uma colega pecou em algo lamentável: deixou que todo o problema que tivemos com o equipamento lhe afetasse bruscamente. Ela simplesmente é a profissional que apresenta o grupo e nosso negócio e começou a falar com cara de tristeza, parecendo que estava morrendo, o que desmotiva qualquer público, principalmente um que esteja nos avaliando. Enquanto isso, eu ficava passando os slides quase gritando "ânimo aê!!!", mas não podia.
A segunda colega que começou a falar, então, estava super nervosa e não conseguia falar naturalmente sem recorrer à cola escrita que tinha em mãos, o que dá a impressão de estarmos despreparados.
Em terceiro lugar, finalmente chegou a minha vez. Me esforcei pra falar bem, de forma clara e objetiva e transmitir segurança, conhecimento e parecer simpático, rs! No começo não foi fácil, pois percebi que também estava um pouco nervoso, mas com o passar dos slides fui me sentindo mais à vontade pra defender tudo o que estudamos e acreditei ter tido um desempenho ao menos satisfatório. Os colegas que falaram depois também se saíram melhor e ao fim chegou a hora de apresentar as peças eletrônicas da campanha - o spot de rádio e o VT (vídeo).
Aí foi mais uma surpresinha da noite. Os equipamentos não queriam funcionar de novo. Perdemos tempo tentando arrumar, os técnicos que tinham nos ajudado antes já não estavam mais ali e quase desisti e falei que não ia rolar, até que com ajuda de colegas de outros grupos, conseguimos. Apresentamos o spot de rádio e depois o VT.
Chegou a hora dos professores fazerem suas considerações. O primeiro foi um professor nosso que é super gente boa. Fez um questionamento que eu me propus a responder a ele logo se mostrou convencido. Olhei pra Adriana (a professora fodona, idealizadora do projeto e que nos orientou ao longo do semestre, ela fica na banca mediando as apresentações, tipo Tyra Banks) e ela esboçou uma cara boa, olhando pro alto, quase deixou escapar um sorriso que dizia "muito bem, gostei de ver", mas ela não podia demonstrar, claro.
Ao fim de sua fala, apesar de algumas críticas, este primeiro professor nos deu parabéns e disse que podíamos pegar firme que esse tema tem muito a ser explorado.
Começou então a fala do segundo professor, que não conhecíamos. Que cara é aquele? Demorava séculos pra terminar uma frase, tinha um péssimo discurso e ainda descascou a banana em cima da gente. Fez um questionamento que não sabíamos bem como responder e eu falei algo que não convenceu de forma alguma. Nessa hora a Adriana fez uma cara de espanto e sinalizou que aquilo estava erradíssimo, ai que desespero! Mas passou. Ele terminou sua fala e nos retiramos para que eles decidissem entre si se seríamos aprovados ou não.

sábado, 24 de maio de 2008

Séries às quais assisto atualmente

1. Ugly Betty
Já cheguei ao final da 1ª temporada, só falta o último episódio. Juro que fiquei emocionado no penúltimo, {SPOILER} quando o pai da Betty se despede dela dizendo que ficará no México. Ainda por cima, pintou a preocupação com o fato de algum decendente do cara que ele matou ter ficado sabendo que ele está lá e vai querer vingança. {FIM do SPOILER} Além disso, todos os outros personagens me encantam cada vez mais: Marc, Amanda, Daniel, Christina e Whilhelmina, principalmente. Acho fantástico como os autores dessa série conseguiram dar tanta personalidade a personagens que a princípio constituiriam clichês. Os vilões têm seu lado humano e os bonzinhos têm seu lado fraco e egoísta. A trama se desenvolve de forma super rápida, cheia de acontecimentos, reviravoltas, surpresas, drama e humor. Sem falar em toda a temática gay-friendly que domina a série, claro!

2. America's Next Top Model - Cycle 8
Enquanto nos Estados Unidos já vai ao ar a 10ª temporada deste reallity show da Tyra Banks, a Sony do Brasil parou na 7ª, então não quero mais ficar atrasado e já comecei a assistir ao ciclo 8 pelo Youtube mesmo. Já imaginei que seria difícil ser tão bom quanto o ciclo 7, que arrasou com as finalistas Caridee e Melrose, duas rivais que eu adorei! Neste ciclo 8 não teve nenhuma participante que me interessou quanto as duas, mas desde o começo torci muito pela latina Jaslene e com o tempo passei a simpatizar com a ruiva Brittany, que tira fotos fabulosas. A russa Natasha também tem seu charme, mas uma personalidade estranha devido à sua cultura diferente. A bitch da vez é a Renée, mas a participante que eu mais odiei foi a tal da Jael. Não sei como, ela é super querida pelo público, mas pra mim não passa de uma drogada retardada e com péssima dicção. Só faltam mais dois episódios pra eu terminar o ciclo e um eu já verei agora.

3. The L Word
Me apaixonei por esse drama! Acho até melhor do que Queer as Folk, o drama gay pioneiro da TV americana. Como passa muito tarde do Warner Channel, só assisti a alguns episódios pingados da primeira temporada, mas já foi o bastante pra eu me interessar e há algum tempo voltei a acompanhar pela internet. Terminei a segunda temporada apaixonado pela Jenny, personagem confusa e perturbada com a qual me identifiquei horrores! rs... E olha que no começo nem a curtia tanto, era fã da enrustida Dana. Comecei a ver a terceira temporada, mas problemas nos sites de download me obrigaram a interromper. Espero voltar a acompanhar em breve, já que estou terminando as temporadas das duas séries acima. Nos EUA já está sendo exibido o 5º ano!

4. One Tree Hill
Na verdade eu parei de acompanhar porque comecei a achar chatinho. Não sei se a série ficou adolescente demais ou se sempre foi e eu que não sou mais adolescente, rs! O fato é que eu comecei a assistir quando tinha 16 anos e a primeira temporada me encantou! Mas a segunda foi sem graça e a terceira foi a que fez mais sucesso... Mas foi aí que comecei a achar a história bobinha, sem falar que os rumos dos personagens mudaram bruscamente desde o início. A quinta e atual temporada inovou ao se passar quatro anos após a temporada anterior, então pensei que isso seria a salvação, mas baixei três episódios e fiquei decepcionado com o quanto a trama é água com açúcar. Pensem numa forçação de barra: ao terminar a faculdade, uma das personagens já era dona de uma super bem sucedida grife de roupas sediada em Nova York e resolveu voltar pra sua cidade-natal no interior da Carolina do Norte porque o que importa mesmo na vida é sentir-se em casa e próximo aos amigos do colegial. Só vale a pena continuar vendo porque a Daphne Zuniga (Jo Reynolds, de Melrose Place) entrou no elenco com um papel legal.

SÉRIES QUE QUERO COMEÇAR A VER LOGO

5. Skins
Já baixei quatro episódios e começarei a assistir assim que terminar Ugly Betty. Talvez simultaneamente com The L Word, não sei ainda.

6. Lost
Adoro! Mas este ano perdi o fio da meada e não estou acompanhando a quarta temporada, mesmo tendo ficado boquiaberto com o final da terceira! Assim que tiver uma brecha na minha agenda (rs), começo a baixar.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Time's running

Na terça-feira vamos apresentar para uma banca na faculdade o trabalho que fazemos desde o começo do semestre. As últimas três semanas foram de muita correria, muito sufoco, até pensei que não tivéssemos mais saída e fôssemos ser reprovados. Agora já está um pouco mais tranqüilo, mas ainda tenho muito o que fazer.
No meu emprego continua ótimo, mas não é o emprego que eu posso ter pra vida toda e estou muito preocupado com meu futuro profissional. No final do ano, se tudo der certo, me formo... Porém em um curso do qual não gosto e não sei o que farei a partir de então.

sábado, 17 de maio de 2008

Duas pessoas se gostam e se querem, mas elas simplesmente não combinam. Têm tipos de humor diferentes, interesses diferentes, tudo diferente. Não dá certo. Mas por que continuam se querendo?
O que você faria nesta situação?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tá olhando o quê?

O caso já foi esclarecido: ele tem namorado. Ohhhh surpresa... Ele tem namorado como todos os outros já têm namorado também. Só eu que não tenho e nunca tive.
Acho incrível... Tem gente paranóica que sofre a vida inteira por não aceitar sua sexualidade e arranja namorado... Eu, que sempre fui super bem resolvido, me assumi pra mim mesmo aos 15 anos e aos popucos para amigos, mesmo sem dar bandeira, sou bonito, inteligente, sem trejetos femininos... E fico nessa. O pior é que se algum dia, por algum milagre, eu arranjar um namorado, ele provavelmente vai se decepcionar com a minha falta de experiência e maturidade para assumir um relacionamento. Mas claro que isso é uma hipótese pouquíssimo provável. Como eu já falei no post anterior, eu aceito minha sina. Não sei se aceitar é o termo certo, digamos que eu a reconheço. E não adianta vir me contrariar. Eu agradeço aos comentários que deixaram no post anterior, mas não adianta, isso não tem lógica. Em cinco anos de disposição para assumir um relacionamento, nunca houve ninguém com quem eu desse certo. E durante este período vi dezendas de conhecidos, colegas e amigos da minha idade engatando relacionamentos super duradouros. Alguns deles demoraram muito mais do que eu pra se aceitarem e arranjaram namorado em menos de um mês depois que o fizeram. Sou eu mesmo. O problema está em mim e não estou falando que eu não sou digno de ter um relacionamento, pois reconheço minhas qualidades... Acho que só pode ser urucubaca mesmo, destino, sina, como já falei. Não vai rolar. Houve a fase em que ele "não era ao certo gay", depois a fase em que eles só me queriam como amigo e agora estou no momento "ele já tem namorado". De novembro pra cá, já foram uns quatro que no fim da contas já tinham namorado. Acho que cheguei tarde. Perdi muito tempo sendo querido só como amigo. Enquanto eu não apareci, todos já arranjaram namorado. Mas o que eu devia ter feito então? Aonde eu devia ter ido? Porque dos 15 anos até hoje já estive nos mais diversos ambientes, nas mais diversas chamadas tribos (odeio essa expessão, meu cu pra daniele suzuki) e sempre tentei me mostrar aberto para relacionamentos, mas ninguém se aproximou. O que eu fiz de errado durante esses cinco anos? E o que eu devo fazer agora, se todos já têm namorado? Marcar mais encontros por internet? Ficar com essas piranhas solteiras e periguetes de boate? Ou com os coroas solteirões em busca de lolitos? Ah, meu cu!

Daí que no domingo eu fui a um bar com o pessoal. Nada melhor que beber muito e buscar novos conflitos pra esquecer os que me atormentaram desde sexta-feira. Mas no dia seguinte eu acordei sóbrio e nenhum conflito (novo ou velho) parecia importar mais. Estou apático.

sábado, 10 de maio de 2008

Decidi correr o risco

Depois do que aconteceu comigo e o Xoxo, acho que fiquei com um certo trauma. Depois de confessar que também tinha vontade de me conhecer desde o semestre anterior, ele me deu um fora dizendo que tinha acabado de sair de um relacionamento e que não estava pronto pra outro. Não foi um fora por completo, pois acabamos ficando assim mesmo, sabendo que seria uma única vez. Mas depois ele continuou dando a entender que sentia alguma coisa e até disse que não conseguia parar de pensar em mim desde que "ficamos juntos". Em seguida sumiu por um tempo e quando reapareceu foi pra me tratar como amigo. Diante da minha contestação a isso, cortou relações e sumiu de vez.

A questão é... Precisei de muita coragem pra finalmente abrir o jogo e falar a ele sobre o interesse que eu tinha em conhecê-lo. Esperei muito, esperei pra me sentir seguro, pra ver se o sentimento parecia ser recíproco. Só tomei atitude quando a coisa já parecia bem clara, inclusive para outras pessoas que acompanharam a história. Tão clara que foi até confirmada quando ele disse que o interesse era recíproco... Mas por que diabos ele tinha esse interesse se tinha namorado? Por que se aproximou de mim e falou tudo isso se não estava pronto pra outro relacionamento? E depois... Por que disse que não parava de pensar em mim se não queria mais nada? Se queria, como deixou de querer de repente? E como pôde achar a coisa mais normal do mundo agir como se nada tivesse acontecido e me tratar como amiguinho depois? Não houve coerência.

Para quem vê a história assim por alto, não parece difícil de entender. É fácil concluir que ele não passa de um conquistador cafageste que se diverte brincando com os sentimentos dos outros pra alimentar seu próprio ego. Um estereótipo mesmo, de novelas do SBT. Mas quisera eu que fosse tão simples assim. O pior de tudo é que não é isso. Acompanhando a história ao vivo e conhecendo-o como eu conheci, deu pra ver que todas essas cagadas que ele fez não foram intencionais. É só burrice mesmo! Deu pra ver que quando ele disse as coisas boas que disse, foi sincero. O que aconteceu foi que ele se enganou quanto a seus sentimentos. Pensou que quisesse algo comigo e não queria tanto assim de fato. Que culpa ele tem se se enganou? O que poderia fazer a respeito? Fingir que continuava sentindo o que dissera só pra não me magoar?

Portanto, não o culpo por ter me magoado. Foi coisa da vida, do destino, de deus ou sei lá o que controla essas coisas, os sentimentos das pessoas. Eu só o culpo por não ter sido muito aberto pra conversar a respeito, ele apenas sumiu, mas isso não vem ao caso. O que quero dizer é que o trauma que ficou foi o da vida me aprontar mais essa. Embora eu tenha esperado que a reciprocidade ficasse clara para eu tomar coragem e abrir o jogo, não adiantou. Ter cautela não adiantou. Fui sincero o tempo todo e não adiantou. Fiz tudo certinho! E não adiantou... Simplesmente porque a vida não quis que ele realmente me quisesse. E isso não estava sob o controle dele.
Então quando novamente eu teria coragem de me abrir daquela forma com alguém? E se a vida for incoerente de novo? Por mais que estivesse claro o interesse do outro, quem me garante que no fim das contas ele não vai dizer "oops, me enganei, te quero só como amigo"? Quem me garante que, por mais que um cara troque olhares comigo, ele não tenha namorado?
As pessoas dizem "vai, toma atitude!" "pára de ficar só olhando!" "tá óbvio que ele também te quer!" ou "vc só vai saber se chegar nele"... Acontece que... NÃO! Eu não vou mais fazer isso! Por que sempre que eu tomo coragem, eu racho a cara! NUNCA ACONTECEU NESSA VIDA de alguém me querer da mesma forma que eu o quero e NUNCA VAI ACONTECER! Isso já ficou claro.
Eu que pode parecer duro de minha parte. Você diz "faz parte", "as vezes acontece", "nem sempre dá certo", "às vezes se ganha e outras se perde", mas comigo é diferente... EU SEMPRE PERCO!
Estamos falando de cem por cento. De todas as pessoas! Até naqueles casos em que eu realmente me senti seguro... Até no caso em que cheguei a de fato namorar (por uma semana) com a pessoa. No fim das contas chegamos ao mesmo lugar: eu não sirvo pra ele. Eu não sirvo pra eles. Não sirvo pra ninguém.
Então não adianta... De agora em diante, por mais que pareça que a pessoa esteja interessada em mim (como o xoxo parecia estar e ainda declarou estar), eu NÃO vou tomar atitude! Não posso apostar na coerência. Não vou mais me relacionar com ninguém! Não vou mais correr o risco. Porque quando faço isso, me machuco muito. Minha vida pára. Eu fico péssimo por semanas, como fiquei em janeiro deste ano, em março e em agosto do ano retrasado, durante todo o ensino médio... Eu desisto. Aceito o meu destino de não dar certo com ninguém.

Isso é tudo o que eu sentia e pensava há até dois dias atrás, quando resolvi finalmente correr o risco de novo. Achei que já estava na hora... E a situação já parecia segura o bastante. Ele me olha em cem por cento das vezes em que passa por mim ou que eu passo por ele e se sentou na minha frente ou atrás de mim em várias aulas recentemente. Ontem o adicionei no orkut, para uma primeira aproximação, de leve, não muito comprometedora e que dá abertura para uma possível manifestação dele também.

Mas ele me recusou.