A vida ri de mim - Parte I

É muito azar, eu não agüento mais!
Acontece que lá no meu emprego minha folga é por escala. Sábados, domingos e feriados são dias qualqueres e que precisam de gente trabalhando lá. Meus dias de folga variam quanto ao dia de semana e tenho geralmente uma ou duas folgas por semana, em média sete ao mês.
Além disso, a gente pode trocar nosso dia de folga com um colega, caso queira tirar folga num dia que seu colega tirou e você não. Por exemplo, no carnaval eu ganhei folga na segunda-feira e uma colega pediu pra eu trocar esse dia com ela, porque ela tirou no domingo e queria emendar os dois dias pra visitar a família no interior e levar o irmão dela que não vê o pai há dois anos. Sensibilizado, eu aceitei e escolhi trocar pela quarta-feira de cinzas, que era um dia dela também.
Na minha cabeça, a terça-feira de carnaval seria tão animada quanto o domingo e por isso valeria a pena não precisar acordar cedo na quarta e sim na segunda. Ledo engano! Na terça ninguém mais tava animado. Fui pro inferninho com uma amiga e ainda fiquei com o esquisito lá.
Foi a isso que eu me referi no post “Odeio verão”, quando disse que às vezes me prejudico sendo bonzinho demais. Passado o carnaval, adivinha o que descubro?
- E aí, seu irmão foi lá ver seu pai?
- Não, ele não quis ir.