quarta-feira, 28 de maio de 2008

Noite da banca - 1ª parte

Ontem foi um dia fantástico, pareceu até season finale! Vou começar contando a vocês a história de uma PÉXssima idéia.
O Projeto Experimental é um trabalho que precisamos fazer em grupo na faculdade nos dois últimos períodos do curso. Ele é essencial para a nossa graduação, equivalente à monografia que tem nos outros cursos. Este semestre então foi um sufoco, porque o grupo precisou abrir uma fictícia agência de comunicação com toda a parte burocrática e administrativa, desenvolvendo análise ambiental, plano de marketing e ainda elaborar uma campanha publicitária de lançamento do nosso negócio - que, aliás, devia ter um diferencial competitivo sobre o qual também deveríamos discorrer bastante para provar que é uma boa oportunidade para investirmos.
Ao longo do trabalho, é claro, uns dormiram no ponto em alguns momentos, outros em outros, teve gente que encostou no resto do grupo e foi carregado nas costas e na reta final quase desistimos porque a súbita irresponsabilidade de uma pessoa fundamental do grupo quase afundou nosso trabalho, mas com muita insistência, buscando novas saídas em cima da hora, conseguimos finalizar um projeto digno de ser apresentado à banca de professores e ao resto da turma.
Ontem foi a apresentação. Levei um laptop emprestado para passarmos os slides em .PPS e o DVD do vídeo que fizemos. Mas em cima da hora, tivemos a surpresa de que o laptop não queria funcionar de jeito nenhum. Ora não se conectava com o retroprojetor e ora não abria os arquivos. Pegamos outro emprestado que também demorou um bom tempo pra funcionar e atrasamos muito a apresentação. A professora orientadora pedia feedback e não sabíamos explicar o que estava acontecendo, foi horrível.
Quando finalmente deu certo, começamos a apresentação, mas uma colega pecou em algo lamentável: deixou que todo o problema que tivemos com o equipamento lhe afetasse bruscamente. Ela simplesmente é a profissional que apresenta o grupo e nosso negócio e começou a falar com cara de tristeza, parecendo que estava morrendo, o que desmotiva qualquer público, principalmente um que esteja nos avaliando. Enquanto isso, eu ficava passando os slides quase gritando "ânimo aê!!!", mas não podia.
A segunda colega que começou a falar, então, estava super nervosa e não conseguia falar naturalmente sem recorrer à cola escrita que tinha em mãos, o que dá a impressão de estarmos despreparados.
Em terceiro lugar, finalmente chegou a minha vez. Me esforcei pra falar bem, de forma clara e objetiva e transmitir segurança, conhecimento e parecer simpático, rs! No começo não foi fácil, pois percebi que também estava um pouco nervoso, mas com o passar dos slides fui me sentindo mais à vontade pra defender tudo o que estudamos e acreditei ter tido um desempenho ao menos satisfatório. Os colegas que falaram depois também se saíram melhor e ao fim chegou a hora de apresentar as peças eletrônicas da campanha - o spot de rádio e o VT (vídeo).
Aí foi mais uma surpresinha da noite. Os equipamentos não queriam funcionar de novo. Perdemos tempo tentando arrumar, os técnicos que tinham nos ajudado antes já não estavam mais ali e quase desisti e falei que não ia rolar, até que com ajuda de colegas de outros grupos, conseguimos. Apresentamos o spot de rádio e depois o VT.
Chegou a hora dos professores fazerem suas considerações. O primeiro foi um professor nosso que é super gente boa. Fez um questionamento que eu me propus a responder a ele logo se mostrou convencido. Olhei pra Adriana (a professora fodona, idealizadora do projeto e que nos orientou ao longo do semestre, ela fica na banca mediando as apresentações, tipo Tyra Banks) e ela esboçou uma cara boa, olhando pro alto, quase deixou escapar um sorriso que dizia "muito bem, gostei de ver", mas ela não podia demonstrar, claro.
Ao fim de sua fala, apesar de algumas críticas, este primeiro professor nos deu parabéns e disse que podíamos pegar firme que esse tema tem muito a ser explorado.
Começou então a fala do segundo professor, que não conhecíamos. Que cara é aquele? Demorava séculos pra terminar uma frase, tinha um péssimo discurso e ainda descascou a banana em cima da gente. Fez um questionamento que não sabíamos bem como responder e eu falei algo que não convenceu de forma alguma. Nessa hora a Adriana fez uma cara de espanto e sinalizou que aquilo estava erradíssimo, ai que desespero! Mas passou. Ele terminou sua fala e nos retiramos para que eles decidissem entre si se seríamos aprovados ou não.

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